domingo, 21 de abril de 2013

Razões da Política Neoliberal e seus reflexos no Brasil


Os principais aspectos do Neoliberalismo econômico consistem na não-intervenção do Estado na economia, com a privatização de empresas estatais aliada à livre circulação de moeda estrangeira das empresas multinacionais, e, principalmente, que a oferta e a demanda são suficientes para determinar os preços de mercado dos produtos.
Muitos autores são totalmente contra as políticas neoliberais, com argumentos de que a mesma só favorece as grandes potências mundias e as empresas multinacionais. Os países de 3o mundo ou em desenvolvimento são os que mais sofrem com as consequências das políticas neoliberais, resultando em salários medíocres, altas taxas de desemprego, aumento das diferenças sociais e passando a ter que pedir mais ajuda ainda dos países do 1o mundo, com o capital internacional, por meio de empréstimos, que, muitas vezes, nem chegam a ser pagos.
Outros autores defendem que as ideias neoliberais são de suma importância para um país crescer economicamente, fazendo com que aja uma concorrência maior entre os países para as lideranças do mercado, maiores investimentos nas áreas da tecnologia e sustentabilidade, resultando numa queda de preços e da inflação.

Políticas iniciadas pelo Presidente Ronald Reagan nos EUA e Margareth Teatcher na Inglaterra ambos governantes na década de 1980

            Na Década de 80, Ronald Reagan, Presidente dos EUA e Margaret Thatcher, Primeira-Ministra do Reino Unido, realizaram uma revolução na política e nas idéias tanto na economia como nas relações exteriores. As economias dos Estados Unidos e do Reino Unido são hoje fundamentalmente diferentes em razão de suas ações. O colapso do comunismo no Leste Europeu e na antiga União Soviética também foi consequência de suas políticas.
Nos EUA, Reagan tinha quatro metas econômicas centrais quando chegou à Casa Branca, em 1981: reduzir a inflação, os altos impostos pessoais, o tamanho do governo e também a regulamentação do setor privado.
A inflação foi reduzida com êxito, de mais de 10% em 1981 para menos de 4% em 1983, uma vez que o presidente apoiou as políticas monetárias austeras do diretor-executivo do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Paul Volcker. Atualmente, a meta da politica americana é o índice de inflação de quase zero.
            A política tributária de Reagan reduziu a alíquota mais elevada do imposto de renda de 70% em 1980 para 28% em 1986. Apesar de essa alíquota ter voltado a subir, aproximando-se dos 40%, não há propostas de retorno aos níveis pré-Reagan.
Ronald também caracterizou a União Soviética como "império do mal" e aumentou os gastos com a defesa para desafiar as agressões e as capacidades soviéticas. O colapso comunista e soviético foi, em parte, uma consequência da política dos EUA e da inabilidade da economia da União Soviética em concorrer com o Ocidente.
No Reino Unido, Thatcher, também conhecida como Dama de Ferro, se deparou com uma economia com problemas fundamentais ainda maiores do que a dos EUA. A economia britânica era muito mais socializada, com controle governamental disseminado e sindicatos dominantes. Ela privatizou as maiores indústrias estatais e vendeu imóveis do governo para os inquilinos. Hoje, ninguém propõe a reestatização das indústrias ou a retomada daqueles imóveis. O poder dos sindicatos foi permanentemente quebrado após uma série longa e dolorosa de greves nacionais.
Confrontada com a alta inflação, Thatcher tambémapoiou uma abordagem monetarista baseada em altas taxas de juros e assim obteve sucesso em reduzir drasticamente a inflação. A economia britânica passou por um desagradável, mais importante, momento de reorganização, houve quebra de empreendimentos, que mantinham-segraças ao privilégio do governo. Hoje o Reino Unido tem um Banco Central independente e uma meta inflacionária de 2%. A primeira-ministra apoiou a entrada do Reino Unido na União Europeia de modo a se beneficiar do livre comércio, mas se opôs a aderir a união monetária.
As políticas evoluem à medida que as condições mudam e à medida que aprendemos com a experiência. Mas as mudanças dramáticas na política dos EUA e do Reino Unido sob Ronald Reagan e Margaret Thatcher trouxeram melhoras tão profundas que não há como voltar atrás.